quarta-feira, 13 de abril de 2011

Diabetes e atividades física.

Diabetes Melitus é uma doença cada vez mais presente na atualidade, isto por conta do aumento da expectativa de vida, hábitos alimentares menos saudáveis e mais calóricas, e diminuição do dispêndio energético diário decorrente da evolução tecnológica, insegurança, etc. Infelizmente, assim como a hipertensão, diabetes é uma doença silenciosa e só passa a ser percebida quando há rápida perda de peso, sede constante, dificuldade de cicatrização de ferimentos ou diante da realização de exames laboratoriais.

Os dois tipos de diabetes são, o tipo 1, onde o indivíduo não produz mais insulina e na qual o tratamento de base é a aplicação exógena da mesma, e o tipo 2, onde apesar de o indivíduo produzir insulina, o organismo aumenta a resistência em aceitar sua função: manter a quantidade ideal de açúcar no sangue, enviando este açúcar, quando em excesso, para as células musculares ou de gordura.

Açúcar em excesso circulando na corrente sanguínea é ''venenosa'' para todo organismo (células), assim como sua escassez. Por isso, no diabético, existe a necessidade do monitoramento deste macronutriente periodicamente, para evitar, durante a atividade física, estados de hipoglicemia e coma hipoglicêmico (choque insulínico), ou vice-versa, hiperglicemia e conseqüentemente entrar em estado de torpor ou até mesmo em coma diabético, muito menos grave e comum.

O exercício físico tem efeito importante no controle do diabetes. De modo geral, nas pessoas com diabetes e glicemias abaixo de 300mg% o exercício diminui imediatamente a taxa de glicose e melhora o controle do diabetes em longo prazo.

Porém, em caso de hiperglicemia importante (maior que 300mg%) a atividade física pode aumentar a glicemia e deve ser evitada, principalmente nas pessoas com diabetes tipo 1.

A atividade física é um fator importante do tratamento do Diabetes Mellitus, e contribui para melhorar a qualidade de vida do portador de diabetes. Mais ainda, atuando preventivamente e implantando um programa de promoção da atividade física, dieta sã e equilibrada, assistência médica, educação do paciente e da equipe sanitária, pode se reduzir significativamente a incidência do diabetes do tipo 2 e das complicações associadas.

A atividade física regular e bem orientada contribui tanto na prevenção, quanto no tratamento desta patologia.

O aumento gradual do percentual de gordura corporal (obesidade) é geralmente acompanhado da maior incidência de doenças crônico-degenerativas, dentre elas, o diabetes tipo 2. A prática da atividade física acompanhada de dieta bem elaborada faz reduzir este perfil e com isto, melhorar a saúde geral desta pessoa: redução da pressão arterial, melhora da formula sanguínea, e dentro desta, as taxas de colesterol e açúcar.

É importante que você tenha se alimentado até duas horas antes da atividade física (inclusive relação sexual). Faça exercício físico com freqüência. Tente fazê-lo sempre no mesmo horário, preferindo os aeróbicos (caminhada, natação, etc.).

Se você tiver problemas de sensibilidade de pernas e pés, use calçados especiais, confortáveis ou tênis.
Se tiver problemas graves de retina ou nos pés, nunca corra, nem faça exercícios violentos. Faça exercícios físicos constantemente (prefira os aeróbicos: andar, nadar) e sinta a diferença no controle da glicemia.

Se tiver hipoglicemia durante o exercício?

Pare a atividade física imediatamente e coma um alimento doce ou tome um líquido adoçado com açúcar. Por isso é importante comer alguma coisa antes da atividade física. Caso já tiver se alimentado antes do
exercício, não é necessário fazê-lo novamente.

Se a atividade física for muito longa, durando horas, coma um lanche leve (quatro a seis bolachas salgadas, uma fruta grande, ou um copo de leite ou um suco de frutas), no meio da sessão de exercícios.

Benefícios da atividade física a curto, médio e longo prazo:


1. Aumenta o consumo da glicose.
2. Diminui a concentração basal e pós-prandial da insulina.
3. Aumenta a resposta dos tecidos à insulina.
4. Melhora os níveis da hemoglobina glicosilada.
5. Melhora o perfil lipídico:

· diminui os triglicerídeos.

· aumenta a concentração de HDL-colesterol.

· diminui levemente a concentração de LDL-colesterol.

6. Contribui a diminuir a pressão arterial.
7. Aumenta o gasto energético:

· favorece a redução do peso corporal.

· diminui a massa total de gordura.

· preserva e aumenta a massa muscular.


8. Melhora o funcionamento do sistema cardiovascular.
9. Aumenta a força e elasticidade muscular.
10. Promove uma sensação de bem-estar e melhora a qualidade de
vida.

Dentre os benefícios em curto prazo, o aumento do consumo de glicose como combustível por parte do músculo em atividade, contribui para o controle da glicemia.
O efeito hipoglicemiante do exercício pode se prolongar por horas e até dias após o fim de exercício.

Faça da atividade física uma prática saudável e permanente.

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