segunda-feira, 22 de junho de 2009



FLEXIBILIDADE E ALONGAMENTO

A flexibilidade é fundamental para facilitar os movimentos nas diversas atividades profissionais e nas tarefas diárias. O estilo de vida pouco ativo e a falta de exercícios específicos de alongamento, geralmente não propiciam movimentos amplos, limitando a amplitude articular. Aqui temos um sistema muscular pouco flexível, que tende a encurtar-se ao realizar movimentos de maiores amplitudes.
Essa tendência ao encurtamento é incrementada pelo processo de envelhecimento, que reduz a capacidade de reter água, provocando maior rigidez do tecido colágeno. Apenas exercícios de alongamento permitem ao corpo retornar à postura normal, pois mesmo uma postura correta do indivíduo, por si só, não desenvolve a flexibilidade.
Os exercícios de alongamento possuem um papel preventivo importante: eles preparam a musculatura, favorecem a recuperação evitando os problemas musculares, tendinosos, articulares e circulatórios; mantêm e melhoram a extensibilidade muscular e a mobilidade articular; intervêm no reequilíbrio dos problemas morfológicos e na correção da postura. Os exercícios de alongamento também têm um perfil antiestresse e permitem a obtenção do bem-estar.
As pessoas devem se esforçar para manter o seu sistema neuromuscular “pronto para a ação” o máximo possível. É por essa razão que o conhecimento de si mesmo, de seu corpo, é imperativo para administrar a sua atividade do cotidiano e, ao mesmo tempo, preservar o organismo. Auxiliar a sentir o corpo e descobrir os fatores nocivos que, a médio e a longo prazo, serão responsáveis por distúrbios, é um ponto fundamental nas aulas de alongamento.
As pessoas começam a fazer aulas de alongamento por vários motivos: recomendações médicas, lesões, ritmo mais lento, necessidade de aliviar o estresse, etc. É importante ressaltar que para criar o costume de se alongar é fundamental necessário que os benefícios sejam sentidos. As pessoas devem dispor de paciência para se adaptarem aos processos da flexibilidade, principalmente quando já passaram muito tempo com hábitos de vida sedentários. Após dois meses com uma média de duas a três sessões semanais, o praticante já terá uma grande melhora.
Existem diversos métodos para o desenvolvimento da flexibilidade:
Alongamento Estático: move-se o grupo muscular lentamente até uma determinada amplitude de movimento que cause uma certa tensão (desconforto) muscular, permanecendo-se nessa posição por um tempo. É importante para eliminar algum encurtamento muscular.
Alongamento Passivo: é feito com a ajuda de forças externas (aparelhos, companheiros), em um estado de relaxamento da musculatura a ser alongada. É fundamental para diminuir as possibilidades de lesões e tem como objetivo a recuperação ou manutenção da flexibilidade.
Alongamento Ativo: É determinado pelo maior alcance do movimento voluntário, utilizando-se as forças dos músculos que realizam o movimento e o relaxamento dos músculos opostos. É considerado funcional nos movimentos diários.
Facilitação Muscular: combina contração e relaxamento alternados dos músculos que realizam os movimentos, com os músculos opostos.
Alongamento Postural: Diminui as tensões musculares e favorece o bem-estar, estimulando a consciência corporal.
A “Hiperflexibilidade”, ou seja, a lassidão de uma ou mais articulações em decorrência da excessiva extensão dos componentes dos sistemas musculares, pode ser benigna, sem o sintoma de dor, ou maligna. É mais acentuada no sexo feminino que no sexo masculino e diminui com o avanço da idade.Algumas pessoas não atletas ainda acreditam que é preciso muita flexibilidade para ser considerado flexível. Isto pode custar caro se o programa não for bem orientado para desenvolver a força paralelamente ao desenvolvimento da flexibilidade.
Os exercícios de alongamento com forte tensão muscular podem ser prejudiciais quando as estruturas de suporte de uma articulação e a força dos músculos ao seu redor são insuficientes para mantê-la estável. O excesso de flexibilidade pode desalinhar a biomecânica normal do complexo músculo-articular e criar eventuais danos aos tecidos musculares e também comprometer a estabilidade músculo-articular, tornando-se possivelmente tão prejudicial quanto a pouca flexibilidade para o bom desempenho.
Os exercícios devem ser bem administrados de acordo com o objetivo do aluno. Os resultados dos exercícios de alongamento nem sempre são favoráveis à prevenção de lesões. Embora a pouca flexibilidade seja prejudicial, não devemos pensar que a hiperflexibilidade exclua as lesões.A pouca flexibilidade pode aumentar os riscos de lesões nos músculos e tendões e a hiperflexibilidade pode aumentar a lesão nas cartilagens e ligamentos.

Fonte: Site Body Planet, Profa. Mônica Facundo é profissional de educação física (CREF 1 - 2622), professora de Alongamento, Ginástica e Musculação da Body Planet.

2 comentários:

  1. QUERIDO COLEGA MUITO BOM VC POSTAR ALGO QUE POSSAMOS REFLETIR E COM ISSO MELHORAR NOSSO BEM ESTAR E SAÚDE .....PARABÉNS PELO PROFº QUE ÉS.....

    ResponderExcluir
  2. Obrigado, querida! Essa é realmente a inteção do blog.

    ResponderExcluir